três crianças brincnado de puxar corda

A importância do desenvolvimento socioemocional nas escolas

A educação socioemocional surgiu em 1994, nos Estados Unidos, com a criação do CASEL (Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning). Desde então, o objetivo desse conceito educacional é integrar elementos emocionais e sociais ao aprendizado acadêmico.

Logo, em 1996, o desenvolvimento socioemocional esteve em pauta na UNESCO, no Relatório Delors, elaborado pelo filósofo francês Jacques Delors. Focando nos desafios para a educação no século XXI, o pensador desenvolveu o conceito de 4 pilares da educação.

Essas quatro aprendizagens fundamentais são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. É a união desses pilares que deve nortear a base curricular nas escolas e a criação de políticas educacionais.

A educação socioemocional visa o desenvolvimento de competências como autoconhecimento, autorregulação, autoestima, autonomia e confiança. Bem como desenvolve habilidades de relacionamento com o outro, ética, responsabilidade, paciência e consciência social.

Aplicação do ensino socioemocional nos currículos escolares

A escola deve adotar conteúdos programáticos que vão além da educação formal em sala de aula. Cabe aos profissionais da educação e às instituições de ensino promoverem atividades que valorizam o aprendizado lúdico, interdisciplinar e participativo.

Obras artísticas, palestras, oficinas, roda de conversas, ações voluntárias, participação dos pais/familiares são exemplos de iniciativas que podem ser adotadas. Atividades que estimulem os alunos a compartilharem sentimentos e experiências com colegas também são importantes para o desenvolvimento socioemocional.

Atualmente, muitas escolas ao redor do mundo estão aplicando esse modelo educacional em seus currículos. O Brasil não é exceção, e São Paulo é um dos principais estados a adotarem a educação socioemocional.

Impacto do desenvolvimento socioemocional na educação

O mercado de trabalho atual demanda, além de competências acadêmicas e profissionais, criatividade, flexibilidade e assertividade na tomada de decisões. Indivíduos que possuem profundo conhecimento de si mesmos e do mundo têm mais chances de desenvolverem tais habilidades.

O papel da escola é tornar possível a criação dessas competências desde as fases iniciais da aprendizagem. O desenvolvimento socioemocional é algo que impactará em toda a vida da criança, transformando-a em uma cidadã responsável e consciente.

Além do mercado profissional, a educação que contempla aprendizado emocional e social impacta em relacionamentos interpessoais e desenvolvimento de empatia.

O indivíduo que tem ensino focado no desenvolvimento pessoal e comunitário aprende a expressar sua individualidade com respeito. Também, torna possível o acolhimento ao outro, compreendendo, com facilidade, como conviver com as diferenças.

Ademais, com a adoção de atividades que valorizam o lúdico e a troca de experiências, descomplica-se o aprendizado das disciplinas. Os estudantes têm melhor compreensão e mais interesse nos conteúdos quando podem aplicá-los e visualizá-los em situações cotidianas.

Considerações Finais

O desenvolvimento socioemocional representa uma nova forma de enxergar a educação nas escolas. Aqui, o objetivo não se limita ao ensino das disciplinas tradicionais, pretendendo criar cidadãos com múltiplas competências individuais e sociais.

Esse modelo de ensino atenta-se para a importância na formação de pessoas que saibam lidar com seus próprios sentimentos. É por meio desse autoconhecimento que é possível tornarem-se conscientes da sociedade onde vivem, usando suas habilidades para o bem comum.

Com a educação socioemocional, os indivíduos podem aprender a superar suas limitações e frustrações e ter melhor qualidade de vida. Além disso, podem construir relacionamentos mais saudáveis, pautados em respeito e compreensão.